Localizada na região sudeste do continente africano, a República de Moçambique foi colônia portuguesa de 1498 até 1975, quando a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), conquistou a independência em 25 de junho de 1975 por meio da luta armada e proclamou o novo Estado como monopartidário marxista. 

Apesar da conquista de liberdade nacional, Moçambique não conseguiu promover unidade entre os movimentos oposicionistas ao novo governo, culminando na eclosão de uma Guerra Civil em 1976 entre a FRELIMO e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). O conflito durou 16 anos, sendo o Acordo Geral de Paz assinado entre a FRELIMO e RENAMO apenas em 4 de outubro de 1992. Todavia, o fim da Guerra Civil não garantiu a estabilidade política no país.

Logo após sua independência, em 11 de novembro de 1975, Angola foi marcada por um contexto de instabilidade política e social, devido às divergências ideológicas sobre quais deveriam ser os rumos do novo Estado africano. A divisão entre os partidos que atuaram na guerra de independência, principalmente o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), liderado por José Eduardo dos Santos e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), liderada por Jonas Savimbi, resultou em uma Guerra Civil que perdurou até 2002, a qual acabou com a vitória do MPLA e o fortalecimento de seus dirigentes. No entanto, apesar de ter solucionado muitos de seus problemas, Angola ainda apresenta diversas questões que precisam ser discutidas.

Desde o final da década de 1990 políticas xenofóbicas passam a ser implementadas pelo governo da Costa do Marfim, sendo a mais marcante delas a Ivoirité que restringe a participação dos cidadãos nas eleições presidenciais. O crescente favorecimento de determinadas regiões e etnias em detrimento de outras contribuiu para o aumento da tensão interna que acarretou na guerra civil em 2002. A guerra teve fim em 2007, todavia, a segregação e a xenofobia continuam presentes em solo marfinense. Somado a isso está a tensão decorrente das eleições de outubro de 2010, onde divergências acerca do resultado do pleito dividiram ainda mais a sociedade civil do país.

​A Namíbia enfrentou um longo período colonial e, posteriormente, de protetorado sul-africano, este último marcado pela busca por independência e libertação, promovida pela Organização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO), do regime do Apartheid. A independência e vitória do SWAPO, que se encontra até hoje no poder, apresenta o permanente carisma de seus líderes. O país, que tem poucos anos como independente, tem avançado em várias áreas, como sua economia em crescimento, todavia, ainda apresenta desafios particulares relacionados à sua construção social e política.

Desde que Madagascar se tornou independente da França em 1960, o país transitou por quatro repúblicas turbulentas marcadas por diversos protestos populares. A implantação do último regime de transição, desde março de 2009, fez com que vários doadores e organizações intergovernamentais congelassem suas ajudas financeiras e suspendessem as relações diplomáticas habituais com Madagascar, levando a uma estagnação no desenvolvimento econômico.

Desde a morte do líder do movimento de independência, assasinado em 1973, a Guiné-Bissau foi marcada por frequentes perturbações políticas e repetidos choques econômicos. O mais recente acontecimento foi um golpe de Estado em 2012 que fragilizou o fraco equilíbrio do país, o qual, atualmente, busca uma transição política para restaurar a ordem constitucional.

Atualmente, conflitos armados civis assolam a realidade cotidiana de muitos países africanos. A República Democrática do Congo e sua vizinha Ruanda passam pelas mesmas situações de modo que a primeira, sofre com as intervenções de vizinhos no seu território devido a interesses econômicos e políticos e a segunda, apesar de uma situação atual próspera, possui no histórico um conflito civil que marcou seu crescimento e desenvolvimento. Ambas possuem questões interligadas devido suas relações instáveis, como se nota com a ascensão de grupos rebeldes na RDC e suposto apoio da vizinha Ruanda.

Pontuado nos últimos meses por atentados repentinos, o Estado Lesotiano passou a enfrentar, no final do mês de agosto, um clima de caos e instabilidade, fruto da fuga do atual Primeiro-ministro para a vizinha África do Sul em busca de ajuda intervencionista contra um suposto golpe militar.

Três anos após sofrer com as ondas de protestos populares que se iniciaram na Tunísia, a Argélia passou por mudanças não tão expressivas quando comparadas às ocorridas nos países vizinhos, questionando-se o fim do ciclo conhecido como Primavera Árabe – principalmente, após a reeleição de Bouteflika para o seu quarto mandato, em abril de 2014.

Desde sua independência, em 18 de abril 1980, o Zimbábue é caracterizado por um cenário político de relativa instabilidade. No âmbito internacional, por sua vez, suas relações com Angola e África do Sul assumem um caráter de maior relevância, tendo em vista o papel de influência desempenhado pelos três países na região da África Austral.

Caracterizada por um período pós-independência de controvérsias políticas e acusações de violação aos direitos humanos, Uganda atualmente tenta conciliar suas delicadas relações regionais com a busca de alternativas às sanções impostas por países do OcideTendo conquistado a independência da França em 1960, a República Centro-Africana teve pouca experiência de instituições democráticas, sendo, frequentemente, pontuada por golpes e motins, os quais perduram até os dias atuais. O conflito mais recente envolve o grupo Seléka e o governante.

Caracterizada por um período pós-independência de controvérsias políticas e acusações de violação aos direitos humanos, Uganda atualmente tenta conciliar suas delicadas relações regionais com a busca de alternativas às sanções impostas por países do Ocidente.